O estado de Mato Grosso é o quinto com maior número de prisões por corrupção no Brasil. É o que demonstram dados obtidos pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas. Os dados foram divulgados pela agência na última segunda-feira (31). 


A Polícia Federal (PF) em Mato Grosso prendeu 228 pessoas no período de 2008 a 2021, conforme levantamento, que foi feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). Neste período, uma série de operações foram realizadas no estado. 

Entre as ações policiais listadas constam operações que resultaram em prisões de políticos famosos. Como por exemplo a Operação Ararath que realizou fases desde o seu início, em 2014. 

A Operação Descarrilho, que investigou desvio de recursos públicos nas obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), também está na lista de operações que levaram a prisões por crime do colarinho branco. Entre 2008 e 2020 a PF realizou 26 operações policiais que resultaram em prisões por corrupção em Mato Grosso. 

Ao todo, ocorreram 3677 prisões pela PF no período em todo país. De acordo com os dados da agência, o estado com maior número de prisões é o de Minas Gerais, onde ocorreram 363 prisões. Logo em seguida está o Paraná com 363 prisões. Os estados de São Paulo (296 prisões) e Rio de Janeiro (287 prisões) estão logo em seguida no ranking com mais prisões. 

O estado vizinho do Pará também registrou elevado número de prisões no período, foram 224 pessoas presas por corrupção. Mato Grosso do Sul, em sétimo lugar, registrou 206 prisões. 
Redução de prisões

Segundo o levantamento da agência Fiquem Sabendo, o número total de prisões no Brasil por corrupção caiu 44% nos nove primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. É o menor número de prisões para este mesmo período pelo menos desde 2008. 

Os dados são da Coordenação de Repressão à Corrupção (CRC), órgão da Polícia Federal responsável por executar investigações e operações que visam reprimir crimes de corrupção, organização criminosa, peculato, crimes de licitação, tráfico de influência, entre outros. Foram considerados somente os meses de janeiro a setembro de cada ano, já que o CRC não informou as estatísticas dos últimos três meses de 2021.

Fonte: Olhar Direto